Postagens

JOSÉ e MARINA

Imagem
Pedro Monteiro, cordelista piauiense de Campo Maior, radicado em São Paulo, ativista do movimento sociocultural, lança mais um folheto pela EDICON Editora, com ilustração de Nireuda Longobardi e diagramação de Josué Gonçalves. Abaixo, as estrofes que abrem o folheto:  O saber é porta aberta Ante a cerca social; Sociedade moderna Só vê referencial Em quem tem conhecimento E notório suplemento, Na parte intelectual. Alguém que ainda não faz Das letras combinação, Aplicando dia a dia Sua comunicação; Não vê o mundo real, Tem seu olhar desigual Por falta de interação. O letramento é o sal Da mente desenvolvida, Rompendo nó e os estorvos Acumulados na vida; Faz um novo alvorecer, Para quem desejar ter Essa cegueira abolida. E por isso é recomendável Para jovem ou o adulto, Se ainda analfabeto, Considerado um inculto, A EJA é a melhor saída, O carimbo que valida Desta sent

A LENDA DO PEIXE DOURADO

Imagem
APRESENTAÇÃO A história do Peixe de Ouro, fazedor de milagres, é mais abrangente do que se pensa, e integra muitas coletâneas de contos tradicionais, incluindo os Marchen dos Irmãos Grimm. No catálogo internacional do conto popular, é classificado como ATU 555 – The Fisher and his Wife (O pescador e sua mulher), com variantes e versões em inúmeros países. Adverte para os riscos e consequências da ambição desmedida, sendo, ao mesmo tempo, um conto maravilhoso e uma história exemplar. O peixe aparentemente indefeso do início da história mostra-se um auxiliar mágico poderoso, mal disfarçando o exercício de um poder de deidade, recompensando e punindo quando a ganância torna-se sacrilégio. Impossível não recordar o peixe divinizado de várias culturas e épocas (elamita, bramânica, budista, babilônica) e que, por fim, tornou-se símbolo e emblema do cristianismo. Talvez seja um resquício do culto o deus sumério Oannes, corpo de peixe e cabeça e pés humanos, reminiscência de out

CORDEL CANTA CAYMMI

Imagem
Esta postagem é uma reprodução do Blog do poeta Marco Haurélio — CORDEL ATEMPORAL Graças a Juliana Gobbe, poeta, ativista e agitadora cultural, o centenário de Caymmi não passou em branco no meio cordelístico. Cinco autores de cordel foram convidados para participar de um projeto que, entre outras coisas, incluí a criação de um livro digital sobre o cantor e compositor baiano, nascido em 1914. O livro, lançado em um evento em homenagem ao músico, ocorrido em Atibaia (SP), no dia 12 de dezembro, foi apresentado pelo celebrado escritor e jornalista Audálio Dantas, idealizador da memorável exposição 100 Anos de Cordel, de 2001. Abaixo, alguns trechos do livro que contou com projeto gráfico de Daniel Caribé. A versão completa pode ser acessada  AQUI . Acontece que eu (também) sou baiano Autor:   Marco Haurélio Eu, que nasci na Bahia, Não sei de onde você é, Mas o que sei é que sou Devoto de São José, E no mês de março sempre Mostro ao mundo min

A VOLTA AO MUNDO EM OITENTA DIAS, VERSÃO EM CORDEL (Coleção clássicos em cordel).

Imagem
Meus amigos, triunfar seguindo os passos de Fileas Fogg, foi também para mim uma grande conquista. E isso só foi possível, graças as valorosas companhias de Maércio Lopes, Marco Haurélio e da Editora Nova Alexandria. Veja agora o que disse o editor, coordenador da coleção e apresentador da obra, poeta Marco Haurélio. Amigos, é com muita satisfação que comunico a publicação de mais um título da coleção Clássicos em Cordel, da Editora Nova Alexandria . O autor é Pedro Monteiro e o título por ele revisitado é A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, de Júlio Verne. Além disso, depois de muito tempo, voltei a assinar uma apresentação da coleção que coordeno desde 2007. As ilustrações em xilogravura, geniais, são de Maércio Lopes. Aguardem, para breve, o lançamento. Mas, antes, fiquem com as estrofes de abertura: Da obra de Júlio Verne Serei fiel ao roteiro, Nos passos de Fileas Fogg O notável cavalheiro, Reescrevendo a história Deste grande aventureiro. Contarei s

O TRIUNFO DO POETA NO REINO DO CAFUNDÓ

Imagem
Pedro Monteiro é um danado. Depois de visitar o universo dos heróis picarescos com Chicó, o Menino das Cem Mentiras e João Grilo, um Presepeiro no Palácio, Pedro se volta, agora, para cenários e personagens que fazem lembrar as Mil e Uma Noites. Mas não nos enganemos: O Triunfo do Poeta no Reino do Cafundó – lançado recentemente pela Luzeiro – integra o mesmo rol dos anteriores, embora, aqui, o burlesco não se revele de imediato e, mesmo no final, só seja percebido por olhares mais perspicazes. As estrofes do introito demonstram que a literatura é a soma do talento individual à capacidade de garimpar no inconsciente coletivo: Certa vez imaginando A nossa ancestralidade, Joguei luz no pensamento, E busquei na oralidade Histórias que se perderam No vão da modernidade. Peguei caneta e papel, Remexi nos meus lembrados, Invoquei sabedoria Dos nossos antepassados, Lembrei-me da minha avó Fazendo seus proseados. Ela falava que um reino Chamado de Cafundó Tinha um monarca

HISTÓRIA DAS COPAS DO MUNDO EM CORDEL

Imagem
*****É Lançado em São Paulo***** A Caravana do Cordel, através da Editora Luzeiro, lançou seu primeiro trabalho coletivo contando a HISTÓRIA DAS 18 COPAS DO MUNDO, narrada por um time de 18 poetas. COPAS X POETAS 1930 – Cícero Pedro de Assis 1934 – Cleusa Santo 1938 – Pedro Monteiro 1950 – Varneci Nascimento 1954 – Aldy Carvalho 1958 – Carlos Alberto Fernandes da Silva 1962 - Costa Senna 1966 - Moreira de Acopiara 1970 – Benedita Delazari 1974 – Aderaldo Luciano 1978 – Nando Poeta 1982 – Josué Gonçalves Araujo 1986 – João Gomes de Sá 1990 - Dé Pageú 1994 – Sebastião Marinho 1998 – Cacá Lopes 2002 – Marco Haurélio 2006 – Luiz Wilson O trabalho ficou primoroso e agora com uma novidade, o cordel de 32 páginas com ISBN, é um verdadeiro livro, podendo ser consultado em qualquer parte do mundo, após ser feito o depósito legal. Este trabalho é resultante do time de poetas que se empenhou para fazê-lo e que está um primor, tudo sob a organização de Nando Poeta, o pai

JOÃO GRILO, UM PRESEPEIRO NO PALÁCIO

Imagem
Pedro Monteiro, cordelista piauiense radicado em São Paulo, membro fundador da Caravana do Cordel, lança novo folheto, explorando mais uma vez o tema gracejo. Pedro traz de volta o personagem João Grilo, o grande pícaro dos contos populares. Uma das referências imediatas é o conto "Adivinha, adivinhão", recolhido e comentado por Câmara Cascudo, a mais lúcida inteligência que este País concebeu. Autor de "Chicó, o menino das cem mentiras" (Luzeiro, 2009), Pedro publica agora, pela Tupynanquim de Klévisson Viana, este "João Grilo, um presepeiro no palácio". A ilustração da capa é do próprio Klévisson. Abaixo, as estrofes que abrem o folheto: Quero aqui contar em versos Uma aventura engraçada, Sobre um bom adivinhão De astúcia comprovada, Fazendo revelação Com uma ave encantada. O mestre Câmara Cascudo Fez a catalogação Desta pérola recolhida Na fonte da tradição, Fincada lá nos guardados Da nossa imaginação. Vem d