Certa vez, bisbilhotando mata adentro, fui contemplado com um espetáculo bastante curioso. Isso aconteceu no município de Cocal de Telha, no estado do Piauí. Quando caminhava pelo leito de um igarapé do riacho fundo, seco pela estiagem, comecei a ouvir piados de um tipo de ave, conhecida na região por nambu jaó. Um dos piados vinha da direção da baixa das carnaúbas, o outro das bandas do morro das aroeiras. De pura curiosidade, tomei posição entre os dois e subi numa grande árvore para ver o que acontecia. Eram idênticos os piados e com a proximidade, aumentava mais e mais a minha expectativa quanto ao que ia assistir; se um encontro festivo ou uma disputa entre rivais. Até que pude avistar, de um lado, uma jaó-mãe acompanhada por três filhotes e, do outro, um gato selvagem caminhando cuidadosamente de barriga quase que arrastando pelo chão. Aquilo, para mim, foi de perder o fôlego, preso à cena! Confesso nunca ter visto nada igual. Naquele momento a jaó pio...