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JOÃO GRILO, UM PRESEPEIRO NO PALÁCIO

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Pedro Monteiro, cordelista piauiense radicado em São Paulo, membro fundador da Caravana do Cordel, lança novo folheto, explorando mais uma vez o tema gracejo. Pedro traz de volta o personagem João Grilo, o grande pícaro dos contos populares. Uma das referências imediatas é o conto "Adivinha, adivinhão", recolhido e comentado por Câmara Cascudo, a mais lúcida inteligência que este País concebeu. Autor de "Chicó, o menino das cem mentiras" (Luzeiro, 2009), Pedro publica agora, pela Tupynanquim de Klévisson Viana, este "João Grilo, um presepeiro no palácio". A ilustração da capa é do próprio Klévisson. Abaixo, as estrofes que abrem o folheto: Quero aqui contar em versos Uma aventura engraçada, Sobre um bom adivinhão De astúcia comprovada, Fazendo revelação Com uma ave encantada. O mestre Câmara Cascudo Fez a catalogação Desta pérola recolhida Na fonte da tradição, Fincada lá nos guardados Da nossa imaginação. Vem d

CHICÓ, O MENINO DAS CEM MENTIRAS * Autor PedrO MonteirO* por Marco Haurélio

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O poeta, ator teatral e agitador cultural Pedro Monteiro estreou com o pé direito na Literatura de Cordel, com o precioso folheto Chicó, o Menino das Cem Mentiras. Pedro foi buscar inspiração nos contos populares para compor a célebre figura do mentiroso presente em todas as literaturas de todas as épocas. Meu estimado leitor, Peço aqui vossa atenção Pra falar dum Coronel, Um homem sem coração, Que se rende a um menino, Como segue a narração: O Coronel atendia Por nome de Nicanor, Era um sujeito perverso Do coração sem amor, Que oprimia e matava O povo trabalhador. Aos berros ele dizia, Batendo forte no peito, Que o desígnio da morte Era o seu maior feito, E só quem ele queria À vida tinha direito. Do jovem ao ancião, No chicote ele tratava, E quando ouvia um não, A sua ira aumentava, Mesmo que fosse mulher, Sem piedade a matava. Como todos têm seu dia, O Nicanor teve o dele. Estando preocupado Com um assunto que ele Preferia nem le

FACE FEMININA

Mulher, um ser mitigante de volúpia curiosa, é natureza pulsante tal qual a flora ditosa; tem meiguice e sutileza, contendo encanto e beleza qual o perfume da rosa.

ABRAÇO

Candura e delicadeza Por um abraço trocado, Afinidade e grandeza De quem faz nobre tratado, Pela tinta da emoção, No papel do coração, Carimbo e rogo firmado. PedrO MonteirO

LUZ

Pelas estradas da vida meu rogo será patente, Que Deus esteja presente Guiando o seu dia a dia, Nos caminhos da verdade, Bendita felicidade, À luz da sabedoria. PedrO MonteirO

ALENTO DA MIRAGEM

O tempo passa e eu fico Contigo no pensamento. Procuro dentro do espelho Na lupa do sentimento E se vejo a tua imagem, O mistério da miragem Acaba o  meu desalento. PedrO MonteirO

AMOR A NATUREZA

Quero amar a natureza, Pelo mister que ela tem, Numa ação humanitária Solicitude de quem, Pela face da bondade, Promove a felicidade Para ser feliz também. Como pode meu senhor O homem não ter noção Que destrói nosso planeta Em nome da construção? E depois ainda enseja No caminho da Igreja Clamando por salvação! Nos ditos do livro santo, Dos que ouço e tenho lido, Seria bom que tivesse Um termo constituído: —“Proteger a natureza É um gesto de grandeza E também ser protegido”. PedrO MonteirO Nota* Esta poesia, mesmo na sua simplicidade, tem a intenção de contribuir para uma melhor reflexão, visando caminhos que possam melhorar a harmonia entre homem e planeta. Sendo que, o seu autor acredita ser o respeito e a preservação à natureza a maior contribuição para este propósito.