domingo, 9 de março de 2014

CAIPORA URBANO

Defendo o meio ambiente, 
Pois eu sou um ajuizado,
Somente um desatinado
Pode ser indiferente.
Não estou nessa corrente
Só para fazer bravata,
O nó da minha gravata
Tem relva, tem sutileza,
São prantos da natureza
Banhando a face da mata.



                                PedrO M. 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

SÃO PAULO MULTICOR

 

SÃO PAULO MULTICOR

 

Minha São Paulo querida,

Berço da desenvoltura,

Alavancando o progresso

De renomada estatura,

Na meiguice ou na crueza,

Sua imponente beleza

Tem diversão e cultura.

 

Quando um imigrante deixa

Para trás a sua terra,

Seus costumes, sua gente,

Seja na paz ou na guerra,

Na tristeza ou na alegria

São Paulo é a garantia

De quem no alvo não erra.

 

Cada migrante que chega

Trazendo seu predicado,

Ajuda na construção

Desse importante legado,

Com essa atitude boa,

Hoje a terra da garoa

Tornou-se berço afamado.

 

Entre adotivos e natos

Ela não faz distinção;

Valoriza a quem batalha

Ganhando honesto o seu pão,

Quem vai à luta, ela ampara;

Quem não vai ela equipara

Com os caídos no chão.

 

Beijo a face multicor

Dessa torre de babel,

Para o seu aniversário

Quero pintar um painel

Com as cores da emoção,

Gravadas no coração

Nestes versos de cordel.





POEMA DECLAMADO POR MILTON JUNG DA RÁDIO CBN - SP
https://miltonjung.com.br/2016/01/09/conte-sua-historia-de-sao-paulo-o-cordel-da-cidade-multicolorida/SÃO PAULO MULTICOR - MILTON JUNG

RÁDIO BRASIL ATUAL

domingo, 8 de abril de 2012

PÁSCOA FRATERNAL

PÁSCOA SOLIDÁRIA
A Páscoa foi no passado
Motivação de alegria,
Celebração da colheita,
Milagre e sabedoria,
Assim, recomenda os versos
Traçados nesta poesia.

Com a Terra em grande festa,
Todo Universo cantava
Louvor a um tempo novo,
Pois a fome definhava.
Ouvia-se: — glória a Deus!
— O povo alegre saudava.

E por isso, festeja agora,
Mas faça a reflexão...
Constrói um mundo melhor
Quem estende a sua mão,
Nutrindo benevolência
Dentro do seu coração.


PedrO MonteirO

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CRIANÇA CIDADÃ













          





Quem disse que sou pequeno

Só porque sou uma criança?

Serei futuro de um mundo

Que reine perseverança...

Por todas essas apostas

Carrego nas minhas costas

Um mundaréu de esperança.


Mas, para que assim seja

Não venha facilitar!

Preciso dos meus direitos:

Estudo, amor, pão e um lar,

Segurança e harmonia,

Com saúde e alegria

Que nutre brilho no olhar.


Só assim, serei um adulto

De sentimento fecundo,

Cuidando dos pequeninos

Com um olhar mais profundo,

Na solidariedade,

Pautado por igualdade,

Justiça e paz para o mundo.



                                   PedrO M.


sexta-feira, 4 de março de 2011

ATITUDE!


















Igualdade de direitos
Não é conversa qualquer.
Frente a esta discussão
Eu quero pôr a colher,
Temperando com poesia,
No sabor da energia
Que emana da mulher.

Dizendo um sim pela vida,
Com o braço erguido na luta,
Sua bandeira propõe
Igualdade absoluta.
No atiçar dessa lenha,
Inteligência é a senha
Nessa engajada conduta.

A nossa cultura tem
Conceitos ultrapassados,
Por vez a mulher se acha
Com seus direitos negados,
Não por sua competência,
Mas, vítima da negligência
De setores retardados.

Por isso mesmo eu prefiro
Ficar do lado de quem
Na luta por igualdade
Não discrimina ninguém,
Revê o seu prejuízo,
Mas faz o melhor juízo
Dando valor a quem tem.

Assim, coloco meu traço
Ao lado de quem trabalha,
Construindo um novo tempo,
Desafiando a navalha.
Que o dragão se contenha,
Pois as Marias da Penha
Não fogem dessa batalha.


                     PedrO M.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TATEANDO SAUDADES




O milho colhido verde
Tem o sabor natural,
Presente da natureza
No plantio do quintal,
Sara qualquer estressado,
É um voltar ao passado
De um jeito fenomenal.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

LUTA & SABOR

O que nós realizamos
Nem sempre tem a beleza
Dos jardins que nós sonhamos,
Mesmo assim, tem a grandeza
De quem persiste lutando
No dia-dia enfrentando
A força da correnteza.

Por isso mesmo, regamos
Nossa plantação formosa,
Cada florzinha colhida
Vem de forma virtuosa
Nos trazer grande alegria,
E mesmo na correria
Fazer a vida gostosa.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

EJA: um caminho para a cidadania











EJA é uma porta aberta
Para inclusão social,
A nossa modernidade
Só vê referencial,
Em quem tem conhecimento
E notório suplemento
Na parte intelectual.

Alguém que ainda não faz
Das letras combinação,
Aplicando dia a dia
Sua comunicação;
Não vê o mundo real,
Tem o olhar desigual
Por falta de interação.

O letramento é o sal
Da mente desenvolvida,
Rompendo os nós e os estorvos
Acumulados na vida;
É o Sol do alvorecer,
Pelos desejos de ver
Essa cegueira abolida.
  
Por isso é recomendável
Para o jovem ou o adulto,
Se ainda analfabeto,
Considerado um estulto,
A EJA será a saída,
O carimbo que valida,
Dessa sentença, o indulto.

É como se nos abrissem
Os olhos para enxergar,
Um jardim pela janela,
Raios de sol a brilhar,
Sem seguir passos medonhos,
Mas alimentando sonhos
De um novo tempo chegar.

E assim vou me despedindo
Revigorado e contente,
Apreciei vários rostos,
Com um olhar sorridente,
Decerto, já devem ter
Bom gosto no aprender
Ver o mundo diferente!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

SÁBIO RECOMEÇO

                                              











No final de cada meta
Existe um recomeçar,
Por isso vivo vagando
Pela imensidão do mar,
Entre as marolas do brio
E a proa do desafio
É preciso navegar!

Numa peleja tirana
Com relampejo de morte,
Enfrento com valentia
Correnteza e vento forte.
Descanso, quase nenhum,
Para vencer cada um
Dos desafios da sorte.

E se a tormenta deixar
Um dissabor sem igual,
No leme do velho barco
Transformo suor em sal,
Nos desafios medonhos
Semeio os mais lindos sonhos
Dentro do mundo real.

No grande mar dessa vida
Nunca desisto do pleito,
Nem a magia das ninfas
Vai mudar o meu conceito.
Só o bem me satisfaz,
Pelo cultivo da paz
Floresce amor no meu peito!

PedrO MonteirO

terça-feira, 22 de junho de 2010

O MAR E A VIDA












O mar é fonte da vida
do jeito que o povo tem,
jogando teimosas ondas
sempre a procura de quem,
mesmo sem faca e sem queijo,
chegue pra lhe dar um beijo
num gostoso vai e vem.

PedrO MonteirO

quarta-feira, 26 de maio de 2010

PIAUÍ SAMPA 2010 JÁ É SUCESSO!




*****
A mostra Piauí Sampa 2010 oferece oportunidade de um passeio por este enigmático estado nordestino, desvendando seus sabores e costumes, através da gastronomia, artesanato, apicultura, turismo, e grandes riquezas folclóricas e a história de um povo espirituoso e empreendedor, transformando matéria prima em negócios.

A mostra vai de 24 a 30 de Maio
no Shopping Eldorado
Av. Rebolças, 3970 – São Paulo
www.piauisampa.com.br


Em vinte quatro de maio
Noite de segunda feira,
Quem foi ao Shopping Eldorado
Teve que pegar fileira.
Era a Piauí em Sampa,
Feira que a Roberta, estampa
Em sua página primeira.

Aparecem na foto: O Vaqueiro Juarez, Aldy Carvalho, a Jornalista Roberta Rocha e Pedro Monteiro.

domingo, 14 de março de 2010

O TEAR















No tear temos a ponte

E também o corrimão,

Mas para fazer os fios

Precisamos algodão

Fruto colhido da mente

Em busca de criação.


Que a natureza nos ouça

No seu jeito de escutar,

Sobre a teia que tecemos

Num dadivoso tear,

Faça o favor de ouvir tudo

E só depois decifrar.


Pondo na nossa algibeira

Farta determinação

Repuxaremos os fios

Do saber, da inspiração,

Candeia do pensamento

No leme da evolução.


Somos o tear da vida

Urdindo o seu pelejar,

Um par de fios tecidos

Pelas Ondinas do mar

Num teimoso vai e vem,

Sem jamais desanimar.


                      PedrO  M.


sábado, 2 de janeiro de 2010

EU E VOCÊ














Tem na sábia natureza

Um constante pelejar,

Vejo uma folha caindo

 Outra nascer no lugar.

As estrelas incandescem

E depois desaparecem

Para o Astro-Rei brilhar.


Nos férteis campos da mente,

Morada da criação,

Vamos fazer a colheita

À luz da imaginação,

E do fruto recriar

Jeito novo de plantar

Mais uma sábia lição.


Nessa magia da vida

Quero te reconhecer,

Da caminhada do bem

Não vamos desvanecer

De semear igualdade

No jardim felicidade

Que haverá de florescer!



                                     Pedro M.


sexta-feira, 20 de março de 2009

BRIGA POR UM TOSTÃO







 Um próspero comerciante, muito sovina, mas que honrava muito sua palavra, por isso mesmo, era comum receber convites para apadrinhar crianças da região em que morava. O segredo para seu sucesso consistia em não perdoar dívidas - Isso não; dizia ele, dívida é dívida! - Nos seus negócios de compra e venda, dinheiro emprestado, qualquer que fosse a pendência, a menor quantia que fosse, ele ia atrás e recebia, mesmo que para isso tivesse que ir às vias de fato. Certa vez um compadre seu fez uma valiosa aposta com outro ricaço da região, afirmando que faria o compadre quebrar a jura, mesmo que fosse com, apenas, um tostão! Aposta feita, ele foi até o compadre e fez-lhe uma compra deixando pendente um tostão, com a promessa de fazer o acerto no próximo final de semana. Dívida contraída, imediatamente, saiu e avisou para o outro, com quem havia feito a aposta, este, mais uma vez garantiu: - esta aposta já está ganha! - Acrescentando: - Conheço muito bem aquele avarento e sei bem que até no inferno ele vai te cobrar, perde não, não importa a quantia, aquilo é um muquirana juramentado!

O compadre devedor, voltou para casa matutando um jeito de convencer o seu compadre a perdoar a dívida. Após passar uma semana disse para mulher: - Você vá à casa do nosso compadre e diga a ele que estou muito doente, precisando de remédio e peço que ele perdoe a quantia que lhe devo. A mulher foi e voltou com a resposta negativa, pois seu compadre respondeu: - Dinheiro para comprar remédios posso emprestar, mas perdoar dívidas, nunca! Negócio é negócio. Disse.

Ouvindo aquilo o compadre devedor, junto a sua mulher, pensaram uma estratégia que pudesse ser mais eficiente. Deixou passar mais uma semana e a mulher retornou ao compadre credor. Desta vez chegou e foi logo lhe dizendo: - Bom dia compadre! - Bom dia comadre, como vai meu afilhado, e meu compadre, melhorou? Meu compadre, seu afilhado está mais ou menos, mas seu compadre agora já é com Deus! - Que deus tenha pena da alma dele. - Disse o compadre, que imediatamente perguntou à “viúva”: Antes de partir, ele deixou alguma coisa para mim? - Sim, um pedido – Diz a mulher. - Um pedido? Comadre não me fale em perdoar dívida, foi isso? Não sendo isso, faço qualquer coisa, pode dizer, em nome da alma do meu compadre, lhe dou minha palavra, comadre! Então, naquele momento a comadre pôs em prática o plano: - Não, compadre, não é para o senhor perdoar o tostão que ele lhe devia, mas para o senhor, sozinho velar o corpo dele durante a noite no sagrado campo santo. - O compadre, não perdeu a pose e disse: - Pois feito! Pode preparar tudo que às 18 horas estarei aposto, o último pedido um compadre é sagrado. Disse.

A comadre voltou correndo para casa, cheia de alegria, dando como certo que a isca havia sido mordida. Pois a ideia era que durante o velório solitário, dentro do cemitério, quando o galo cantasse, o compadre que estava disfarçado de defunto, levantasse do caixão e assim, pelo medo, o compadre credor perdoasse o tostão que lhe devia e assim ele ganhava a polpuda quantia da aposta feita.

No horário combinado, corpo entregue, caixão aberto, velas acesas e o compadre foi se abrigar no galho de uma grande árvore. Na primeira parte da noite, ele ainda desceu uma vez para acender uma vela que havia se apagado.

Ocorre que, naquela noite, três ladrões fizeram um grande furto contendo joias e muito dinheiro. Passando por ali e vendo aquele caixão com um “defunto” dentro, pararam para dividir o produto saqueado. Encima da árvore o compadre nem tremeu, com a visão protegida por folhas e galhos, só observava a aproximação dos larápios.

Eles então, começaram a dividir os maços de dinheiro que eram tantos que, sequer, contavam! Repartiam pelos volumes de tanto que era a quantia. Foi quando entre os bens, encontraram um punhal de prata, daí aconteceu uma discórdia entre eles, pois não chegavam a um acordo, quanto ao valor do mesmo. Daí o líder do grupo sentenciou: - Já temos dinheiro o bastante, vamos enfiar este punhal no "finalmente" deste defunto! - Ah, neste momento o corpo pulou do caixão para correr, mas os ladrões desembestaram primeiro, a corrida foi tão medonha que nem olharam para trás. Só após uns trezentos metros, um que era mais corajoso voltou com os olhos abugalhados, mas ao se aproximar, ouviu um falatório: O meu tostão, não esqueça o meu tostão, me dá o meu tostão, passe pra cá o meu tostão! - Era o compadre credor que ao ver o “ressuscitado” cheio do dinheiro, insistiu em cobrar o seu tostão e o ladrão que voltava, ouvido aquilo, voltou em disparada, gritando para os colegas: - Vamos, vêm que é alma como diabos, daquele dinheiro todo, só tá dando um tostão pra cada uma…, Vamos!


Recolha de PedrO M.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

VOCÊ TAMBÉM CONTOU DA VACA?

 


Dizem os mais velhos que um homem desonesto criava um papagaio esperto como mais não podia ser. Esse dito homem, um dia, resolveu abater uma vaca de propriedade de um compadre seu. Como o dono da vaca era também seu vizinho, ele não pôde estender nem o couro nem a carne no varal, como geralmente se faz. Assim, sacrificou a maior parte da carcaça, aproveitando somente as carnes mais nobres, enterrando o resto numa grande vala. O papagaio, bicho que tudo observa, ficou de olho no malfeito. Correndo a notícia do sumiço da vaca, o espertalhão, quando indagado pelo compadre se sabia de algo, desconversou.

O papagaio tagarela não deixou barato:

— Paco-papaco! Tira a vaca do buraco!

Mesmo o sujeito negando, o compadre saiu dali de orelha em pé. Aí formou-se uma comitiva, com o dono da vaca roubada, o delegado e o padre, para interrogar o papagaio, e a desgraceira foi feita. O cabueta apontou o lugar, onde a comissão encontrou o couro e o restante da carcaça.

O sujeito livrou-se da cadeia, perdoado que foi por seu compadre, homem de bom coração. Ainda assim, precisou se desfazer de outros animais para cobrir o custo da vaca.

Acontece que, quando terminou todo esse frejo, já era noite e caía uma forte chuva. O malandro resolveu descontar toda a raiva no papagaio; já que fora depenado pelo compadre, ele agarrou o bicho, tirou-lhe todas as penas e o jogou na chuva.  O pobre louro, depois de muito pelejar, aproximou-se do forno, que ficava debaixo de uma coberta, e ali se quedou, pensativo. Naquele momento, se aproximou do forno um pinto que havia caído do poleiro, daqueles do pescoço pelado e quase sem penas pelo corpo. Vendo aquele estrupício, piando de fazer dó, o papagaio perguntou:

— Você também contou da vaca?

Se é mentira ou verdade, não sei;

Do jeito que ouvi, eu contei!

 

Fonte: Pedro Monteiro, São Paulo (SP).

Proveniência: Campo Maior, Piauí.

Classificação feita por Marco Haurélio: ATU 237 (O papagaio falante)


ARTE E CULTURA

FLOR AMARELA

Brilho da flor amarela, num cenário multicor, a paisagem na janela sugere versos de amor.                          PedrO M.