Numa flor se faz presente
um encanto divinal,
da vida o grande sinal
quebrando nó e corrente,
qual o enigma da semente
germina e enche um balaio,
galopa cavalo baio
no front revolução
— É grito de abolição,
num sempre treze de maio!
Defendo o meio ambiente,Pois eu sou um ajuizado,Somente um desatinadoPode ser indiferente.
Não estou nessa corrente
Só para fazer bravata,
O nó da minha gravata
Tem relva, tem sutileza,
São prantos da natureza
Banhando a face da mata.
PedrO M.
SÃO PAULO MULTICOR
Minha São Paulo querida,
Berço da desenvoltura,
Alavancando o progresso
De renomada estatura,
Na meiguice ou na crueza,
Sua imponente beleza
Tem diversão e cultura.
Quando um imigrante deixa
Para trás a sua terra,
Seus costumes, sua gente,
Seja na paz ou na guerra,
Na tristeza ou na alegria
São Paulo é a garantia
De quem no alvo não erra.
Cada migrante que chega
Trazendo seu predicado,
Ajuda na construção
Desse importante legado,
Com essa atitude boa,
Hoje a terra da garoa
Tornou-se berço afamado.
Entre adotivos e natos
Ela não faz distinção;
Valoriza a quem batalha
Ganhando honesto o seu pão,
Quem vai à luta, ela ampara;
Quem não vai ela equipara
Com os caídos no chão.
Beijo a face multicor
Dessa torre de babel,
Para o seu aniversário
Quero pintar um painel
Com as cores da emoção,
Gravadas no coração
Nestes versos de cordel.
Quem disse que sou pequeno
Só porque sou uma criança?
Serei futuro de um mundo
Que reine perseverança...
Por todas essas apostas
Carrego nas minhas costas
Um mundaréu de esperança.
Mas, para que assim seja
Não venha facilitar!
Preciso dos meus direitos:
Estudo, amor, pão e um lar,
Segurança e harmonia,
Com saúde e alegria
Que nutre brilho no olhar.
Só assim, serei um adulto
De sentimento fecundo,
Cuidando dos pequeninos
Com um olhar mais profundo,
Na solidariedade,
Pautado por igualdade,
Justiça e paz para o mundo.
PedrO M.
Brilho da flor amarela, num cenário multicor, a paisagem na janela sugere versos de amor. PedrO M.