domingo, 4 de junho de 2017

JOÃO GRILO, UM PRESEPEIRO NO PALÁCIO

















Pedro Monteiro, cordelista piauiense radicado em São Paulo, membro fundador da Caravana do Cordel, lança novo folheto, explorando mais uma vez o tema gracejo.

Pedro traz de volta o personagem João Grilo, o grande pícaro dos contos populares.

Uma das referências imediatas é o conto "Adivinha, adivinhão", recolhido e comentado por Câmara Cascudo, a mais lúcida inteligência que este País concebeu.

Autor de "Chicó, o menino das cem mentiras" (Luzeiro, 2009), Pedro publica agora, pela Tupynanquim de Klévisson Viana, este "João Grilo, um presepeiro no palácio".

A ilustração da capa é do próprio Klévisson.

Abaixo, as estrofes que abrem o folheto:

Quero aqui contar em versos
Uma aventura engraçada,
Sobre um bom adivinhão
De astúcia comprovada,
Fazendo revelação
Com uma ave encantada.

O mestre Câmara Cascudo
Fez a catalogação
Desta pérola recolhida
Na fonte da tradição,
Fincada lá nos guardados
Da nossa imaginação.

Vem da tradição oral,
Presente em forma de conto,
Atravessando fronteiras —
Quem conta aumenta um ponto!
E gente de toda idade
Aplaude e pede reconto.

Para narrar em sextilhas,
Confesso aqui que inventei,
Refazendo a narrativa,
Muito lhe acrescentei,
Mas, por não ser todo meu,
Assim me justifiquei.

Quando separei João Grilo
Do seu parceiro Chicó,
Foi como se dividisse
A ventania do pó,
Já que nesta ligação,
Tem corda, laçada e nó.

(...)

Contato com o autor:
(11) 99135-1919 - tim

sábado, 3 de junho de 2017

CHICÓ, O MENINO DAS CEM MENTIRAS * Autor PedrO MonteirO* por Marco Haurélio



















O poeta, ator teatral e agitador cultural Pedro Monteiro estreou com o pé direito na Literatura de Cordel, com o precioso folheto Chicó, o Menino das Cem Mentiras.

Pedro foi buscar inspiração nos contos populares para compor a célebre figura do mentiroso presente em todas as literaturas de todas as épocas.

Meu estimado leitor,
Peço aqui vossa atenção
Pra falar dum Coronel,
Um homem sem coração,
Que se rende a um menino,
Como segue a narração:

O Coronel atendia
Por nome de Nicanor,
Era um sujeito perverso
Do coração sem amor,
Que oprimia e matava
O povo trabalhador.

Aos berros ele dizia,
Batendo forte no peito,
Que o desígnio da morte
Era o seu maior feito,
E só quem ele queria
À vida tinha direito.

Do jovem ao ancião,
No chicote ele tratava,
E quando ouvia um não,
A sua ira aumentava,
Mesmo que fosse mulher,
Sem piedade a matava.

Como todos têm seu dia,
O Nicanor teve o dele.
Estando preocupado
Com um assunto que ele
Preferia nem lembrar
Para não se sujar nele.

Buscando descontração,
Mandou rodar a notícia,
Prometendo pagar bem
Pra quem, com muita perícia,
Fosse lhe contar lorotas,
Que não tivesse malícia

(...)

Contato com o autor:
(11) 99135-1919 - tim
@pedrocordel

quarta-feira, 31 de maio de 2017

FACE FEMININA




Mulher, um ser mitigante
de volúpia curiosa,
é natureza pulsante
tal qual a flora ditosa;
tem meiguice e sutileza,
contendo encanto e beleza
qual o perfume da rosa.



terça-feira, 30 de maio de 2017

ABRAÇO


Candura e delicadeza
Por um abraço trocado,
Afinidade e grandeza
De quem faz nobre tratado,
Pela tinta da emoção,
No papel do coração,
Carimbo e rogo firmado.



PedrO MonteirO

LUZ


Pelas estradas da vida
meu rogo será patente,
Que Deus esteja presente
Guiando o seu dia a dia,
Nos caminhos da verdade,
Bendita felicidade,
À luz da sabedoria.


PedrO MonteirO

ALENTO DA MIRAGEM


O tempo passa e eu fico
Contigo no pensamento.
Procuro dentro do espelho
Na lupa do sentimento
E se vejo a tua imagem,
O mistério da miragem
Acaba o meu desalento.


PedrO MonteirO

segunda-feira, 29 de maio de 2017

AMOR A NATUREZA


Quero amar a natureza,
Pelo mister que ela tem,
Numa ação humanitária
Solicitude de quem,
Pela face da bondade,
Promove a felicidade
Para ser feliz também.

Como pode meu senhor
O homem não ter noção
Que destrói nosso planeta
Em nome da construção?
E depois ainda enseja
No caminho da Igreja
Clamando por salvação!

Nos ditos do livro santo,
Dos que ouço e tenho lido,
Seria bom que tivesse
Um termo constituído:
—“Proteger a natureza
É um gesto de grandeza
E também ser protegido”.


PedrO MonteirO
Nota*
Esta poesia, mesmo na sua simplicidade, tem a intenção de contribuir para uma melhor reflexão, visando caminhos que possam melhorar a harmonia entre homem e planeta. Sendo que, o seu autor acredita ser o respeito e a preservação à natureza a maior contribuição para este propósito.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

ALERTA ELEITORAL


Não é prudente embarcar
no voto de ocasião,
para não se lastimar
num mar de decepção,
depois de referendar
um político ladrão.



PedrO MonteirO

ZELO

Pensar atitude nobre
é ter zelo pelo nome,
Pois quem se junta com porco,
decerto, farelo come!


PedrO MonteirO

quinta-feira, 18 de maio de 2017

ABATE




Oitiva de delação
sobre hasta delinquente,
falando em corrupção
dá um nó na minha mente:
num imbrólio magnífico,
tem rede de frigorífico
abatendo presidente!



PedrO MonteirO

sexta-feira, 5 de maio de 2017

PÓDIO


Têm certas coisas na vida
Boas de comemorar,
Qual ganhar uma corrida,
Pódio em primeiro lugar,
Onde o tempo é relicário
Ao marcar no calendário
Um xis pra se aposentar!



PedrO MonteirO

quarta-feira, 3 de maio de 2017

POSTURA














A paz que queremos ver
Nas multidões coloridas,
Como fruto da igualdade,
Todas as cores unidas
Em sublime convivência
E sendo essa consciência
Orgulho das nossas vidas.

E tanger do nosso meio
O preconceito e impostura
Que geram perversidade,
Achincalhando a ternura,
Como um nó em nossa vida
Faz uma tela florida
Ser a mais tosca pintura.

Só quem prossegue em caminhos
Que a democracia traça,
Respeito às diferenças
De gênero, credo e raça,
Deixa de ser mero ouvinte
Da Carta Constituinte,
Quando relida na praça!


PedrO MonteirO

segunda-feira, 1 de maio de 2017

HIPÓCRITA SANTIDADE!

Quem posa de companheiro
destilando falsidade,
é hipócrita santidade,
pois seu Deus é o dinheiro!



                          PedrO M.

ARTE E CULTURA

FLOR AMARELA

Brilho da flor amarela, num cenário multicor, a paisagem na janela sugere versos de amor.                          PedrO M.