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O TRIUNFO DO POETA NO REINO DO CAFUNDÓ

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Pedro Monteiro é um danado. Depois de visitar o universo dos heróis picarescos com Chicó, o Menino das Cem Mentiras e João Grilo, um Presepeiro no Palácio, Pedro se volta, agora, para cenários e personagens que fazem lembrar as Mil e Uma Noites. Mas não nos enganemos: O Triunfo do Poeta no Reino do Cafundó – lançado recentemente pela Luzeiro – integra o mesmo rol dos anteriores, embora, aqui, o burlesco não se revele de imediato e, mesmo no final, só seja percebido por olhares mais perspicazes. As estrofes do introito demonstram que a literatura é a soma do talento individual à capacidade de garimpar no inconsciente coletivo: Certa vez imaginando A nossa ancestralidade, Joguei luz no pensamento, E busquei na oralidade Histórias que se perderam No vão da modernidade. Peguei caneta e papel, Remexi nos meus lembrados, Invoquei sabedoria Dos nossos antepassados, Lembrei-me da minha avó Fazendo seus proseados. Ela falava que um reino Chamado de Cafundó Tinha um monarca

HISTÓRIA DAS COPAS DO MUNDO EM CORDEL

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*****É Lançado em São Paulo***** A Caravana do Cordel, através da Editora Luzeiro, lançou seu primeiro trabalho coletivo contando a HISTÓRIA DAS 18 COPAS DO MUNDO, narrada por um time de 18 poetas. COPAS X POETAS 1930 – Cícero Pedro de Assis 1934 – Cleusa Santo 1938 – Pedro Monteiro 1950 – Varneci Nascimento 1954 – Aldy Carvalho 1958 – Carlos Alberto Fernandes da Silva 1962 - Costa Senna 1966 - Moreira de Acopiara 1970 – Benedita Delazari 1974 – Aderaldo Luciano 1978 – Nando Poeta 1982 – Josué Gonçalves Araujo 1986 – João Gomes de Sá 1990 - Dé Pageú 1994 – Sebastião Marinho 1998 – Cacá Lopes 2002 – Marco Haurélio 2006 – Luiz Wilson O trabalho ficou primoroso e agora com uma novidade, o cordel de 32 páginas com ISBN, é um verdadeiro livro, podendo ser consultado em qualquer parte do mundo, após ser feito o depósito legal. Este trabalho é resultante do time de poetas que se empenhou para fazê-lo e que está um primor, tudo sob a organização de Nando Poeta, o pai

JOÃO GRILO, UM PRESEPEIRO NO PALÁCIO

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Pedro Monteiro, cordelista piauiense radicado em São Paulo, membro fundador da Caravana do Cordel, lança novo folheto, explorando mais uma vez o tema gracejo. Pedro traz de volta o personagem João Grilo, o grande pícaro dos contos populares. Uma das referências imediatas é o conto "Adivinha, adivinhão", recolhido e comentado por Câmara Cascudo, a mais lúcida inteligência que este País concebeu. Autor de "Chicó, o menino das cem mentiras" (Luzeiro, 2009), Pedro publica agora, pela Tupynanquim de Klévisson Viana, este "João Grilo, um presepeiro no palácio". A ilustração da capa é do próprio Klévisson. Abaixo, as estrofes que abrem o folheto: Quero aqui contar em versos Uma aventura engraçada, Sobre um bom adivinhão De astúcia comprovada, Fazendo revelação Com uma ave encantada. O mestre Câmara Cascudo Fez a catalogação Desta pérola recolhida Na fonte da tradição, Fincada lá nos guardados Da nossa imaginação. Vem d

CHICÓ, O MENINO DAS CEM MENTIRAS * Autor PedrO MonteirO* por Marco Haurélio

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O poeta, ator teatral e agitador cultural Pedro Monteiro estreou com o pé direito na Literatura de Cordel, com o precioso folheto Chicó, o Menino das Cem Mentiras. Pedro foi buscar inspiração nos contos populares para compor a célebre figura do mentiroso presente em todas as literaturas de todas as épocas. Meu estimado leitor, Peço aqui vossa atenção Pra falar dum Coronel, Um homem sem coração, Que se rende a um menino, Como segue a narração: O Coronel atendia Por nome de Nicanor, Era um sujeito perverso Do coração sem amor, Que oprimia e matava O povo trabalhador. Aos berros ele dizia, Batendo forte no peito, Que o desígnio da morte Era o seu maior feito, E só quem ele queria À vida tinha direito. Do jovem ao ancião, No chicote ele tratava, E quando ouvia um não, A sua ira aumentava, Mesmo que fosse mulher, Sem piedade a matava. Como todos têm seu dia, O Nicanor teve o dele. Estando preocupado Com um assunto que ele Preferia nem le

FACE FEMININA

Mulher, um ser mitigante de volúpia curiosa, é natureza pulsante tal qual a flora ditosa; tem meiguice e sutileza, contendo encanto e beleza qual o perfume da rosa.

ABRAÇO

Candura e delicadeza Por um abraço trocado, Afinidade e grandeza De quem faz nobre tratado, Pela tinta da emoção, No papel do coração, Carimbo e rogo firmado. PedrO MonteirO

LUZ

Pelas estradas da vida meu rogo será patente, Que Deus esteja presente Guiando o seu dia a dia, Nos caminhos da verdade, Bendita felicidade, À luz da sabedoria. PedrO MonteirO

ALENTO DA MIRAGEM

O tempo passa e eu fico Contigo no pensamento. Procuro dentro do espelho Na lupa do sentimento E se vejo a tua imagem, O mistério da miragem Acaba o  meu desalento. PedrO MonteirO

AMOR A NATUREZA

Quero amar a natureza, Pelo mister que ela tem, Numa ação humanitária Solicitude de quem, Pela face da bondade, Promove a felicidade Para ser feliz também. Como pode meu senhor O homem não ter noção Que destrói nosso planeta Em nome da construção? E depois ainda enseja No caminho da Igreja Clamando por salvação! Nos ditos do livro santo, Dos que ouço e tenho lido, Seria bom que tivesse Um termo constituído: —“Proteger a natureza É um gesto de grandeza E também ser protegido”. PedrO MonteirO Nota* Esta poesia, mesmo na sua simplicidade, tem a intenção de contribuir para uma melhor reflexão, visando caminhos que possam melhorar a harmonia entre homem e planeta. Sendo que, o seu autor acredita ser o respeito e a preservação à natureza a maior contribuição para este propósito.

ALERTA ELEITORAL

Não é prudente embarcar no voto de ocasião, para não se lastimar num mar de decepção, depois de referendar um político ladrão. PedrO MonteirO

ZELO

Pensar atitude nobre é ter zelo pelo nome, Pois quem se junta com porco, decerto, farelo come! PedrO MonteirO

ABATE

Oitiva de delação sobre hasta delinquente, falando em corrupção dá um nó na minha mente: num imbrólio magnífico, tem rede de frigorífico abatendo presidente! PedrO MonteirO

PÓDIO

Têm certas coisas na vida Boas de comemorar, Qual ganhar uma corrida, Pódio em primeiro lugar, Onde o tempo é relicário Ao marcar no calendário Um xis pra se aposentar! PedrO MonteirO